Texto #2: Quando chegar a hora de dizer adeus


Imagem da Internet :)

Não preciso ouvir suas desculpas esfarrapadas ensaiadas na noite anterior. Não quero que assuma a culpa e diga que “não é você, sou eu” porque, amor, nunca foi só você.










Espero que seja ao pôr do Sol, como era quando nos beijamos pela primeira vez. Lembra-se das cores que brincavam no céu? Você sorriu quando eu disse que elas brincavam, também, nos seus olhos castanhos. Talvez você não lembre disso e nem do que falou em seguida. Mas eu não me esqueço do tom da sua voz. Hoje, não preciso ouvir suas desculpas esfarrapadas ensaiadas na noite anterior. Não quero que assuma a culpa e diga que “não é você, sou eu” porque, amor, nunca foi só você.


Nunca foi, mesmo quando paramos de assistir aos dramas que eu queria e assistíamos os seus suspenses favoritos. Você disse que não gostava de me ver chorando e que era melhor assim. Mas eu nem olhava para a tela, meu bem. Eu te assistia. E era a minha parte favorita. Mesmo achando que não importe mais, espero não chorar dessa vez.

E eu sei que vão perguntar quando eu chegar sozinho aos lugares que íamos juntos. Meus amigos me perguntarão o porquê e eu não saberei dizer. Vou forçar um sorriso antes de dizer que tenho que voltar para casa, pois não terminei aquele trabalho pra faculdade. E vou torcer para que você não esteja no mesmo ônibus que eu. Seria doloroso demais te ver sentada em outro banco que não seja ao meu lado. Seria triste perceber que o assento que era seu, agora está vazio e que seu rumo agora é outro. Um que te leva para longe.

Espero que, quando chegar a hora de dizer adeus, você liberte-me totalmente. Eu quero escrever outros textos. Conhecer novas histórias. E encontrar um novo caminho. Um que me leve para longe.



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