21 em 21: Janela
Já perdi a conta de quantas vezes eu abri essa página nos últimos meses e, após muitas tentativas, ela continuou vazia fazendo jus ao nome do blog. Por um momento, posso ter me esquecido do significado e dos motivos que me levaram a compartilhar o que escrevo, mas percebi que precisava encontrar aquele menino que escrevia todo dia, precisava deixá-lo sair para brincar um pouco, porque eu só fiquei perdido na rotina da vida de gente grande. Essa ausência era falta de tempo, gente. Era falta de tanta coisa, que nessas faltas acabei me tornando distante.
Eu sei que está na hora de voltar de verdade, de transbordar sentimentos de novo e escrever sobre a vida, sobre livros e as aleatoriedades da vida. Eu sei disso, eu sinto falta também, mas é que aqui dentro está tudo tão quieto e seguro que talvez não valha a pena encarar os olhares de todo mundo.
A janela está aberta de novo, não só as persianas, e dessa vez a
luz do Sol vai poder entrar aqui um pouquinho e tirar o cheiro de ausência. Os
olhos até reclamam do excesso de claridade no começo, mas logo vão se
acostumar. E vamos dar partida, pois eu
estou sozinho, rodeado de meses de palavras engasgadas, os papéis aos montes. Fico longe por dias, mas sempre vou ancorar de volta, pois o PI é inescrito só de nome, mas não de versos, pessoas e sentimentos.
Eu sei que está na hora de voltar de verdade, de transbordar sentimentos de novo e escrever sobre a vida, sobre livros e as aleatoriedades da vida. Eu sei disso, eu sinto falta também, mas é que aqui dentro está tudo tão quieto e seguro que talvez não valha a pena encarar os olhares de todo mundo.
Imagem da internet |
Você pode ouvir a música que me fez companhia enquanto eu escrevia esse texto.
Abrir - Alexandre Magnani
Porto 💙
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