21 em 21: 22 de fevereiro


 Eu entendo meu bem, você não queria enfrentar o mundo sozinha.  Não com o coração partido do jeito que estava. Aí ele chegou e te puxou pra dançar, te segurou tempo suficiente para você se apegar e depois te soltou. Eu sei como é, mas não é justo, eu não tenho culpa se a gente se encontrou no meio do caminho, você insegura e eu  pronto pra te amar.
Eu te dou espaço, tempo, o universo se você pedir. Eu te ofereço uma parte do meu coração para juntar com o seu e, quem sabe, eles formarem um inteiro. Mas você ri, meu bem. Ri de mim ou de você? Ri porque teu medo é maior que a vontade de ser feliz. E esse é o teu defeito. O meu é insistir em nós. É esperar você voltar, é desejar que você fique comigo, mas você se afasta e finge que não entende o que eu digo. 
Você já vai, amor? Tem que ir né, eu sei. Quando voltar traz açúcar, pois o daqui acabou. Você gosta de café forte, mas o meu tem que ser doce, lembra? Traz a minha camisa xadrez que você levou naquele dia, ah! Traz também o pouco de mim que você leva aí dentro, porque por enquanto eu fico te esperando. Tô ficando até quando der. Até eu parar de te fazer real e de desejar ter te conhecido antes de toda essa bagunça que você é hoje. Eu esperava que você acordasse desse transe egoísta, mas percebi que quem tava sonhando era eu. Eu te trouxe pra dentro, mas você me bagunçou e foi embora naquela quarta-feira meio cinza de agosto. E não voltou mais.




Obrigado por ancorar por aqui!

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